Este trabalho teve como objetivo analisar as contribuições da saída de campo realizada na Trilha do Estudante localizada no Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro, com estudantes do segundo período do curso de Engenharia Ambiental do CEFET/RJ. Esta pesquisa destaca a importância de aproximar o conteúdo trabalhado em sala de aula com a prática destes futuros profissionais, a fim de que consigam associar a teoria com os problemas reais do meio ambiente. É observado que quando a aplicação de conteúdo é somente de forma teórica, a maioria dos alunos não apresentam entusiasmo suficiente e em pouco articulam com a prática. Diante desta realidade, foi inserida a saída de campo na grade curricular da disciplina de Ecologia com o objetivo de aproximar, sensibilizar e estimular os estudantes sobre questões concretas em ambientes naturais. Para essa pesquisa, foram aplicados questionários com questões fechadas e abertas, antes e depois do campo. A verificação das questões abertas realizou-se por meio da análise de conteúdo. A coleta de dados do pré-campo mostra que o perfil dos investigados, no total 40 alunos, é de maioria masculina (22) e jovem (31 está entre 18 e 21 anos). O primeiro dado é justificado por ser um curso inserido no campo científico, mais especificamente na engenharia, onde há historicamente supremacia masculina. No entanto, a presença de mulheres vem aumentando nesta área nos últimos anos. Além disso, é mostrado que grande parte dos estudantes não possuía o conhecimento da Lei do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) e nem dos principais aspectos sobre Unidades de Conservação (UC), possivelmente por nunca terem realizado visita à esses espaços naturais. No pós-campo esses dados mudam, visto que os alunos apresentam perspectiva diferenciada sobre as UC, além de possuírem visão mais crítica a respeito dos impactos ambientais. Observa-se que os discentes apresentam-se mais aptos para o mercado de trabalho, uma vez que a compreensão das leis ambientais e os principais procedimentos de esferas governamentais é fundamental para a atuação do engenheiro ambiental. Com este estudo, destaca-se a importância da inserção, na formação do estudante, de mais atividades que o aproximem dos ambientes naturais.

O artigo, fruto do mestrado profissional, visa discutir as contribuições de uma Instalação interativa, à luz do Turismo Literário, através da exploração de recursos tecnológicos, para a promoção do desenvolvimento de uma formação integrada e inclusiva. A pesquisa, de cunho qualitativo, reiterou a relevância do protagonismo de estudantes do Curso Técnico em Guia de Turismo, além de ter propiciado autoria e autonomia no itinerário formativo, valorizando a educação profissional emancipatória.

As atividades extraclasse exercem um papel fundamental na formação profissional dos estudantes de graduação. Este estudo objetivou investigar as contribuições das atividades extraclasse para a formação profissional dos discentes de Engenharia Ambiental de uma Instituição pública. A maioria dos estudantes afirmou conseguir aprender melhor quando conhecem uma aplicação prática do conteúdo ensinado em sala. Pretende-se incentivar estudos na área, visto que são escassas pesquisas desta temática.

Desde o surgimento da agricultura, espécies de diferentes grupos taxonômicos vêm sendo transportadas pelo homem. Em estudo realizado em Unidades de Conservação (UC) no Estado do Rio de Janeiro detectou-se a presença recorrente da jaqueira. Assim, a presente pesquisa teve o objetivo de analisar a produção científica sobre espécies de jaqueira no país. Identificou-se que a jaqueira desempenha papel importante na economia. Portanto, é importante que seu manejo seja efetuado com cautela.

O descarte incorreto de resíduos sólidos pode provocar significativa degradação em ambientes naturais. Assim, o presente estudo teve o objetivo de investigar acerca da gestão de resíduos sólidos em Unidades de Conservação (UC). Diante disso, observou-se os planos de manejo de 32 UC do Estado do Rio de Janeiro. Portanto, a partir destes dados foi possível sugerir estratégias de manejo e de educação ambiental na gestão de resíduos sólidos em outras UC no Brasil e no mundo.

As Unidades de Conservação (UC) são áreas protegidas por lei que auxiliam na manutenção dos recursos naturaise na conservação in situ da biodiversidade. São importantes espaços de pesquisa científica, turismo ecológico,educação ambiental e geração de serviços ambientais essenciais ao bem-estar das populações humanas. Aparticipação social na gestão e em ações de conservação da UC é fundamental para o alcance dos objetivos decriação da área. Uma ação necessária a ser realizada pela gestão da UC e por trabalhos de divulgação científica éo esclarecimento à comunidade sobre a importância de determinadas ações para a manutenção da existênciadessa área e das suas funções. Também é importante informar que a presença da UC na região possibilita àpopulação local investir no ecoturismo, na comercialização de produtos da sociobiodiversidade, na atração derecursos para a criação de centros de pesquisa e inovação biotecnológica que a proximidade com a UC inspira.Assim, este estudo teve por objetivo apresentar aspectos de um levantamento de publicações do Catálogo deTeses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), defendidasentre 2013 a 2019, que abordaram a relação da comunidade do entorno de UC brasileiras. O levantamentoconstituiu um corpus documental de 14 publicações, o qual foi analisado quanti-qualitativamente a partir dedescritores gerais e específicos. Dos 14 trabalhos selecionados, 12 correspondem a dissertações de programas demestrados acadêmicos e dois constituem teses de doutorado acadêmico. Considerando as regiões geográficas doBrasil, o Sul é a região que mais produziu teses e dissertações sobre a relação de comunidades do entorno de UC(n=5), seguida do Sudeste (n=4) e do Nordeste (n=3). As regiões Norte e o Centro-Oeste produziram um estudocada no período pesquisado. A área de conhecimento em Ecologia, inserida na Grande Área de Conhecimentodas Ciências Biológicas, fomenta a maioria das publicações analisadas, ou seja, nove dos 14 trabalhos.Considerando os trabalhos deste estudo, a área de conhecimento inclui os programas de Pós-graduação emEcologia e Biologia Tropical. A pesquisa quanti-qualitativa e a técnica da entrevista com moradores locais tem sidopredominante nessa área de produção. Grande parte dos trabalhos contemplou UC de proteção integral do biomaMata Atlântica (n=5), principalmente da categoria Parque. Verificou-se a importância do esclarecimento parasociedade, especialmente às populações locais, sobre os objetivos pelos quais as UC são criadas, a necessidadede ser uma área protegida e quais são as restrições de atividades para os moradores locais, além de como estespodem ser agentes para a fiscalização da UC. A aproximação e o envolvimento dos diversos atores sociais noprocesso de gestão e manejo das UC é um dos principais aspectos para minimizar conflitos acerca da criação,implantação e gestão dessas áreas. A participação social, por meio de ações de educação ambiental e dosconselhos consultivos de UC, é uma importante ferramenta democrática que permite ampliar o diálogo entre osdiferentes grupos sociais, conhecer a relação que as populações locais possuem com estes espaços e subsidiar oplanejamento e ações de conservação.

O mercado editorial brasileiro divide os livros em quatro seguimentos: obras gerais; religiosos; científicos, técnicos e profissionais (CTP); e livros didáticos (COLETTO; BARCELLOS, 2016). Os livros didáticos incluem apostilas e outros materiais pedagógicos usados em escolas. Os livros de Ciências e Biologia costumam apresentar muitas imagens e conceitos técnicos, o que torna essencial o processo editorial, especialmente a edição de conteúdo. Apesar das dificuldades e limitações existentes na produção editorial, suas etapas são fundamentaispara evitar com que erros graves cheguem aos materiais didáticose dificultem o processo de ensino-aprendizagem.

Dado o avanço tecnológico e os hábitos de nossos alunos, surge a necessidade de inserir novas metodologias nas escolas, de modo a se adequar a esta realidade e, a despertar o interesse para uma aprendizagem mais ativa, na qual, os próprios alunos tornam-se sujeitos centrais do processo. Segundo Alves et al (2015), esta mudança é, também, necessária para colmatar o abandono escolar, promover o sucesso escolar e motivar os alunos para a aprendizagem. Nesse sentido, jogos virtuais, plataformas interativas, entre outros recursos tecnológicos associam-se para fazer a diferença no contexto escolar. Com isso, pretende-se alcançar a inovação pedagógica a partir do uso das tecnologias com ênfase no desenvolvimento de competências do século XXI. Assim como, a construção, exploração e implementação de cenários inovadores de ensino e de aprendizagem, do trabalho colaborativo entre os professores e da interdisciplinaridade (COMISSÃO EUROPEIA, 2007). As metodologias tradicionais não interessam aos alunos de hoje, não correspondem aos seus interesses e tempos de concentração gerando, muitas vezes, desmotivação, indisciplina e desinteresse. O uso de recursos tecnológicos inovadores associado a uma nova metodologia de ensino, onde os alunos estão mais envolvidos nas atividades, pode contribuir para mudar esse cenário de desmotivação. O uso destes recursos permite que os alunos utilizem os seus gadgets, os celulares não são proibidos, aplica-se o princípio “bring your own device” (BYOD). As aulas tornam-se desafios cujo objetivo é sempre o mesmo: envolver e motivar os alunos para a aprendizagem (LEWIN, McNICOL, 2014).